sexta-feira, 13 de novembro de 2009

“ Larissa; a Espanhola ”

EU JÁ CONHECIA, MAS NOITE PASSADA CONHECI MELHOR.
FAZ DOIS MESES QUE DE FÉRIAS VEIO DAR NA MINHA RUA,
DUAS QUADRAS À FRENTE, ÀQUELA MORADA VERDE CLARO DE POMBINHA ROLA, LARISSA; A ESPANHOLA.
QUE SORRISO NARCÓTICO, QUE BEIJO NEURÓTICO.
É UMA ESCOLA.
COM SEUS VINTE E UM ANOS INCOMPLETOS, DEIXA LOUCOS BOBOS MIL COM SEU ENSAIO CAMINHAR SEM PARA NENHUM LADO OLHAR, DE DIA.
DE NOITE, OS LADOS PELO ESCURO SÃO CEGOS, MAS EU,
ÀS CEGAS: TRAGO ESCONJURO – VEJO ELA, ELA ME VÊ,
EU NEM JURO – ME DELEITO.
SEI O QUE ELA QUER, ELA SABE O QUE EU QUERO;
PRA MIM ELA TODA MULHER, SÓ O QUE ELA QUER.
NOS ENCONTRAMOS NO SOBRADO DE SEUS AVÓS PATERNOS, CONFORME COMBINADO; NA DOMINGUEIRA
VISITA SEMANAL AO TIO CANCEROSO, AO SOAR O SINO DO PADRE MATIAS, ÀS SEIS HORAS DA TARDE, OS AVÓS SAEM
E NÓS NO ENCONTRO ALARDE.
O TEMPO PARAVA, OU PARECIA; O APARATO SENTIMENTOS
QUE ELA PASSAVA, PARECIA ETERNO, COM ELA CASAR EU QUERIA, ELA DIZIA QUE ME AMAVA.
ASSIM PASSARAM-SE INTENSAS TRÊS SEMANAS.
EM UMA MANHÃ SONHEI QUE ELA ME CHAMAVA, IRÍAMOS
FUGIR PARA UM SÍTIO QUE OS VELHOS TINHAM NO INTERIOR DA CIDADE;
ACORDEI-ME, FUI ATÉ A CASA DE SEUS AVÓS, NA DESCULPA PEGUEI ALGUNS OVOS E LARANJAS PARA COM O COMÉRCIO INDAGAR:
BOM-DIA! DONA LILA, TROUXE PRODUTOS PARA
VENDER-LHE; E SEU NEVES, ESTÁ BEM?
OH MEU FILHO; FOI SEU NEVES MAIS ISSA PRA BARCELONA, SEM VOLTA PREVISTA.
OH! DONA...

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