“ Eu e Minha Janela ”

PRA COMEÇAR, BOM, ULTIMAMENTE FICO SÓ COM ELA,
EU E MINHA JANELA.
NOVAMENTE COMEÇANDO ENXERGO UM PASSARINHO
ENTRE AS BRANCAS NUVENS, DEPOIS DE MINHA JANELA
E ANTES DAS NUVENS.
EU QUERIA SER AQUELE PASSARINHO.
NÃO! MAS COMO, E MINHA ALMA?
HOJE AINDA PISO A TERRA NUM ACERTO DE CONTAS,
COM A ALMA PRESA AO CORPO TENHO SÓ DE AMAR PRÓXIMOS, NÃO VOAR E FUGIR DO CAMINHO, TENHO DE
CAMINHAR, TENHO DE SEGUIR, EMBORA SOZINHO, SEM
ELA, AINDA ME FICA UMA TODA MINHA JANELA.
NESTA JANELA EU FICO TODA A TARDE OLHANDO O CÉU,
AS ÁRVORES, AS CASAS À VOLTA, E AS VEZES...
AS VEZES ATÉ FEDENDO FICO, ELA NEM SENTE.
EU E MINHA JANELA.
AQUI EU FICO ( NA JANELA ) HORAS, HORAS OLHANDO
O CÉU, O AR, ATÉ A NOITE, AS ESTRELAS, A LUA,
O ENEGRECER DO CÉU.
HORAS ATÉ FICO CUSPINDO NO CHÃO MIRANDO UM FORMIGUEIRO NO CANTEIRO, É DIFÍCIL ACERTAR, MAS
CUSPO UM TEMPO INTEIRO;
ATÉ QUASE A SALIVA ACABAR, OU EU ME CANSAR...
POR FIM, NESTA ( JANELA ) POR ESTES DIAS DE VERÃO E
NOVO ANO, VOU PASSANDO A VIDA, ACERTANDO A CONTA
COM A CHAMADA, CHAMADA PARTIDA.

DOCTOR LANGUAGE.
09 DE JANEIRO DE 2009.