sexta-feira, 20 de novembro de 2009

" POEMAS DE ÁLVARO FILHO "

É ANTES DO BRINQUEDO QUE A MINHA ALMA
É TRISTE, UM POUCO OU MUITO. EU SEI.
É ANTES DO PALHAÇO FIGURADO QUA A MINHA ALMA
É TRISTE, MAS SÓ ANTES, DEPOIS É PESO.
E EU NÃO TENHO NADA QUE VER COM A POLÍTICA DO
MUNICÍPIO MAS VIVO, E GRITO - É PESO.
O RESTO É DESGRAÇA, NÃO GOSTO DA POLÍTICA MAS VOU
NA PRAÇA - QUASE MORRO.
E MORRER É FEIO?
EU NÃO TENHO CULPA.
MAS TENHO DESCULPA DE ESTAR VIVO E SEM VOLUME PRA
AQUELE POEMA MEDIEVAL QUE NEM CURTUME QUER,
IMAGINA DIÁRIO, ESTRUME.
PRECISO DE TEMPO, TEMPO SEM CARGA;
UM POUCO SÓ DE DESCARGA PRA VOCÊ QUE ME LÊ NA
CIRCUNSTÂNCIA MAIOR DE ESTAR VIVO E NÃO VÊ VOCÊ,
MAS APENAS POR NÃO VÊ-LO E NADA MAIS - SÓ ISSO -
ISSO APENAS:
NUNCA VÊ.
NEM EU.
EU NÃO ME IMPORTO COM NADA.
EU ME IMPORTO COM TUDO.
SOU FILIADO AO NOVO MUNDO;
E VAI TUDO PRO CÉU, QUE NÃO SEI QUAL, MAS DEVE DE SER
ESTE CÉU AZUL ACIMA DE NOSSAS CABEÇAS DOENTES QUE
IMPLORA POR CHORO SADIO E MAIS CADA VEZ VAI QUERER;
O SIMPLES RESTO DA SOBRA É TROÇA.
E VOÇÊ.
E EU NUNCA VÊ-LO.
NÃO QUERO SABER DO SEU BIGODE E DA SUA EPIDERME MUITO
MENOS, VÁ SONHAR NO SEU CARÁTER VADIO DE SER E O POUCO
É AINDA MENOS QUE SE IMAGINA.
POBRE COMO EU.
ME INTERESSA POUCO DE VOCÊ E DE MIM NADA.
É TUDO JOGO - FANFARRA.
O PLÍNIO MORREU, JORGE NASCEU.
SUNTUOSO ABSOLVIDO FOI, E EU AQUI.
COSEU...

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