" Luciano Soares " Estação Palavras.

A MELHOR COISA PARA SE CONTAR UMA ESTÓRIA
É COISA NENHUMA, SOZINHA ELA SE CONTA.
AS PALAVRAS VOAM, É CAÇÁ-LAS!
O RUÍDO NA VÉSPERA FESTIVA PEGOU O VIOLINO
SEM CORDAS, SUCESSO ADIADO.
MAS QUANDO?
QUANDO?
O RUÍDO É DO FOGO NOS GRAVETOS DA VÉSPERA
FESTIVA, ERA TUDO, ERA TUDO E JÁ.
RESTAM IDÉIAS FANTASIADAS DE ILUSÃO VERMELHA
QUE ESPELHA - QUATRO, TRÊS, DOIS, UM...
ESTAÇÃO PALAVRAS, FATOS:
DIA DE INCÊNDIO NA ESFUMAÇADA ESTALAGEM,
DIA DE TOMBOS E GRITOS, BEIJOS AMIGOS...
GUERRA E LONGAS METRAGENS...
É VENDA, DINHEIRO, SUJEIRA NA BAGAGEM.
E O CANTO ESTOURA DA TERRA, CARRO AMASSADO,
CABEÇA RASGADA, LUTA E ESPERA.
DIVISÃO, CÚMULO, SEPARAÇÃO... AUSTERA.
TUDO É BOM, VENHA O QUE VIER, PRA POETA TUDO
É VIDA E TOM, INVISÍVEL SUCESSO E ESPALHADO.
ALEGRIA, PASSO ESPERADO.
A CIGANA QUE LEU MINHA MÃO FUGIU TIPO DIABO EM
ALTAR SAGRADO; EU SÓ VEJO CANÇÕES.
ALGUMAS LOUCAS, OUTRAS DE AMOR, SEMPRE TENTANDO
TOCAR CORAÇÕES;
QUE TALVEZ ELA NÃO TENHA, ( A CIGANA, CORAÇÃO ) OU,
DESCONHEÇO MINHAS CANÇÕES.
AH! VÁ PRA LONGE, ENTÃO, VÁ PRO DIABO... CIGANA.
MINHA CANÇÃO É FIO DE OURO, CACO DE VIDRO, VALE POUCO
OU NADA, MAS COMO EU, ELA NA TERRA DÁ ESTOURO,
OU DÁ NADA.
O CANTO ESTOURA DA TERRA, CARRO AMASSADO,
CABEÇA RASGADA, PRISÃO... SORTEIO...
IDENTIDADE ADULTERADA.